Prada condena clima de pessimismo

O desfile da Prada, mais que a coleção em si, propôs uma reflexão sobre aonde vamos chegar vivendo num mundo de tanto pessimismo. Crises econômica e política, ameaça de bombas e guerra eminente, assassinatos, imigração. Tudo isso mexe com o comportamento e a forma de vestir: um protesto.
A passarela estava com pontos de luz e sombra e fazia parte da cena uma tribuna de julgamento. A onda dark chegou as roupas, claro. O chapéu interpretado por muitos como de marinheiro é, na verdade, acessório de condenados. Quase um campo de concentração.
Marcam a temporada os formatos longos, golas e punhos destacados e até desconstruídos, preto e branco, estampas grandes e localizadas, criadas pelo artista Christophe Chemin. A natureza morta das frutas vermelhas, retirada dos livros de história da arte e ressignificada, é a minha preferida. Mas na galeria tem muito mais. Confira!
Fotos: divulgação