5 itens com causa e conceito: moda sustentável
Antes de sair de casa, todos nós ponderamos o que vestir. O que estamos sentindo, o quanto estamos protegidos e o que queremos dizer: tudo está numa roupa. É por isso que sempre compartilhei a reflexão “moda é o cérebro por fora”, de Maurício Azevedo. Futilidade só existe na moda usada por quem não pensa.
Tenho acompanhado cada vez mais as marcas que agem de maneira sustentável e pessoas que compartilham essas ideias, como Chiara Gadaletta, do Ecoera. Hoje resolvi listar cinco ações super interessantes e começo por relatar a que estou usando.

Esse colar da grife brazuca, feito com fio de telefone e ferro, é um ótimo exemplo. Todo o material reutilizado é originário do Haiti e os objetos foram fabricados por artesões haitianos, devidamente remunerados com auxílio da ONU. O projeto é do Instituto-e - do qual Oskar Metsavaht é presidente - em parceria com o Ethical Fashion do International Trade Center para gerar aumento de renda e inclusão social.

Kelly Slater, campeão mundial por 11 vezes, e o designer John Moore acabaram de lançar a Outerknow: marca criada “para expor a cadeia de abastecimento tradicional e provar que você pode realmente produzir um bom menswear de maneira sustentável”, como descreveu o surfista no site oficial.
A marca une estilo, sustentabilidade e transparência. Prova disso é que segue todo o código de conduta do Fair Labor Association e, através da Bluesign, garante que nenhuma substância nociva foi usada no processo de fabricação das roupas. São usados algodão e cânhamo orgânicos, alpaca peruana, lã reciclada da Itália e o inovador Econyl, um fio de nylon desenvolvido pelo grupo italiano Aquafil a partir de redes de pesca e outros materiais descartados.

Para fazer a reciclagem das roupas ser o padrão dos consumidores, como disse o vice-presidente de sustentabilidade da companhia, a Levi’s lançou uma nova campanha: quem levar um jeans usado, de qualquer marca, ganha 20% de desconto na compra de um novo. E a I:CO irá recolher as peças e garantir que elas serão reaproveitadas ou recicladas.
Os planos da pioneira em jeans vão muito além. Até 2020 a Levi’s quer criar uma infra-estrutura de economia circular. A marca defende que os clientes devem lavar menos os jeans e desde 2011 já economizou um bilhão de litros de água com o programa Water Less.

Criada através da parceria entre a Issey Miyake e a canadense Native Shoes, a linha é toda pensada para evitar desperdícios. A maioria das peças é feminina, mas essas bolsas inspiradas no trabalho do fotografo francês Francis Giacobetti mostra que nós também podemos consumir. Sem culpa.
A terceira coleção em parceria com o Reclaim to Wear, com o tema upcycling, está à venda no site. Todos os tecidos usados na confecção seriam tratados como retalho ou “lixo” pela indústria. As estampas são de coleções passadas, mas os modelos todos novos e assinados.