
Guia de estilo é coisa do passado
Camisa branca com calça cáqui vai sempre muito bem. Com azul marinho também faz um bom jogo. Fique atento aos sapatos! Marrons combinam com isso, pretos são usados naquelas ocasiões. Meia branca é um caos fora da academia, vocês já sabem. Esse tipo de texto ainda rola muito, infelizmente. É informação típica dos guias de estilo que se popularizaram na década de 1990, um formato didático que aprisionou muitos homens. Temos hoje uma legião de reféns dessas publicações, sem repe

Quando o terninho rosa rouba a cena
Tramas paralelas e conexões aleatórias conduzindo narrativas num esquema de 360 graus: isso é coisa de cinema e poderia estar no Oscar, mas hoje vamos falar do Grammy. Foi na premiação dessa semana que, além da relação com a música, as cantoras Ellie Goulding, Florence Welch e o cantor Sam Hunt criaram um intenso vínculo, quase sem querer. Os três pisaram no tapete vermelho e posaram para os fotógrafos em momentos diferentes, mas as imagens logo viraram montagem. Afinal, não

Armário cápsula: o desafio
Terninho todos os dias. Eu me sentia ora importante ora extremamente desconfortável, mas fazia parte do trabalho. As reportagens de política exigiam o traje, mesmo debaixo do sol de Natal. É que eu precisava entrar nas secretarias de governo e no plenário das casas legislativas para entrevistar vereadores e deputados e, nesses lugares, homens precisam estar engravatados. É censitário, embora muito questionável, enfim. Num dezembro qualquer, já perto de iniciar o recesso parla

Fantasias e abre alas
As quatro garotas estavam dispostas a aproveitar, agindo num formato de gangue. Fizeram uma primeira reunião de planejamento, estabeleceram metas, partiram para a execução. Uma das ideias era transformar os taxi amarelos, ícones de Nova Iorque – e também de volume e rotatividade, claro – em uma interessante fantasia de carnaval. Os vestidos foram confeccionados nessa cor e um cinto quadriculado de preto e branco marcava o risco de derrapar em curvas. Para arrematar a produção

Um verão rock, bebê!
A partir das semanas internacionais de moda, sobretudo de Paris e Milão, já podemos tirar algumas conclusões: a cor fetiche é o lilás, aposta de grifes como Armani e Versace; o futurismo, que já tinha sido apontado pelos birôs de tendência, ganhou força após a morte de ícones como David Bowie e do estilista francês André Courrèges; e novamente, como era de se esperar, clássicos como militarismo e rock são revisitados nessa época. Esses dois estilos deixaram de ser vistos por

Bowie em: a arte de ser incomum
Um primeiro parágrafo só com adjetivos, sonhei. Escrever sobre David Bowie me inclina a distorcer a realidade e as regras jornalísticas. Mas, conscientemente, não farei em respeito. Diluir, aceitar as diferenças marcadas por tempo e espaço me parece mais coerente com seu legado e maior ensinamento: é natural ser diferente. Algo parecido com isso disse Madonna em um show da turnê “Rebel Heart”, em Huston, nos Estados Unidos. “Ele mudou a minha vida”, completou a cantora, antes

Sockless: por um verão sem meias
Caros hermanos, a vida não está fácil pra quase ninguém, muito menos para quem usa meias em pleno verão. Nem todos nós temos cacife para adotar chinelos desde o meio de dezembro até o carnaval passar, aproveitando as férias no maior vidão. Mas muito nos ajudaria adotar um estilo de vida meio argentino de ser: quase hippie no vestir e agir, o que inclui chinelos ou sapatos que deixem o tornozelo mais livre. Digo isso porque sei que cada um se vira como pode, o que no caso dos

Apertem os cintos, mas vamos à luta
O medo da morte nos ajuda a viver, ensina a psicanálise. É por isso que eu acho bom termos começado 2016 com as piores previsões para a economia. Não, caro leitor, aqui você não vai acompanhar nenhum relato sádico. Sequer fetichista será – e olhe que esse é um tema que cabe perfeitamente no quesito vestir. O ano virou e nós ainda vamos continuar falando de moda, para desespero de alguns que acham que isso não é jornalismo. E o cenário de dificuldades deve inspirar a maioria d

Roupa usada e ideias novas no réveillon
Não se deve confiar em Napoleão Bonaparte, tenho dito. E eu não vou falar aqui sobre o Bloqueio Continental, a relação com a Inglaterra ou a situação de fuga da família real portuguesa ao embarcar rumo ao Brasil. Tampouco de como sua chagada resultou no nosso processo de independência. Como esse é um espaço de moda, quero dizer que não curto o gajo por ele ter deixado de herança uma ideia ainda a ser vencida, de que não se deve repetir roupa. Já nos avizinhamos de 2016 e deve

Caso Chanel: entre o plágio e a inspiração
Faz muitos anos que tento me adaptar, mas não posso definir a internet. Sequer consigo entender o tamanho da sua força. Fonte inesgotável de pesquisa, poderia ser classificada de universo paralelo por abrigar toda a natureza fantasiosa que as pessoas criam nos canais sociais. É tão símile ao real que estamos todos ali e usamos a ferramenta para curtir, compartilhar, cobrar e, muitas vezes, escrachar. Foi esse o canal usado por uma estilista venezuelana para acusar a Chanel de